A taxa de redesconto é um elemento crucial no panorama econômico brasileiro, sendo uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central (BC) para controlar a oferta de moeda na economia e, consequentemente, influenciar a inflação e os ativos em circulação.
O entendimento claro desse conceito é fundamental para investidores e cidadãos preocupados com a estabilidade econômica do país. Acompanhe a matéria e descubra mais sobre o que significa esta taxa e suas implicações.
O que é a taxa de redesconto?
A taxa de redesconto representa os juros cobrados pelo Banco Central para emprestar dinheiro aos bancos comerciais em momentos de necessidade de liquidez. Em outras palavras, quando os bancos enfrentam uma demanda imprevista por resgates de recursos, eles podem recorrer ao BC para obter capital, pagando juros estipulados por essa taxa.
O Banco Central utiliza a taxa de redesconto como uma ferramenta para implementar sua política monetária. Por exemplo, se o BC deseja estimular o crescimento econômico e aumentar a circulação de dinheiro, ele reduz a taxa de redesconto, tornando mais acessível para os bancos comerciais obterem empréstimos. Isso, por sua vez, tende a aumentar a quantidade de dinheiro em circulação na economia.
Por outro lado, se o objetivo é conter a inflação, o BC pode aumentar a taxa de redesconto, tornando mais caro para os bancos comerciais obterem empréstimos e, consequentemente, desacelerando a economia.
Vale ressaltar que a taxa de redesconto é apenas um dos instrumentos disponíveis para o Banco Central controlar a política monetária. Outros mecanismos incluem os depósitos compulsórios, a taxa Selic e operações de open market (compra e venda de títulos públicos).
Como ela é calculada?
É importante entender como a taxa de redesconto é calculada. No Brasil, desde 2013, as taxas de redesconto são determinadas com base na taxa básica de juros da economia, a Selic, e variam de acordo com o prazo do empréstimo. Por exemplo, para operações de um dia, a taxa é a Selic mais 1% ao ano.
Para operações de até 15 dias, a taxa é de 4% ao ano, e para operações de até 90 dias, a taxa é de 2% ao ano. Essas taxas são mais altas em comparação com outras fontes de recursos, o que faz com que os bancos comerciais recorram ao redesconto apenas em situações de extrema necessidade.
A compreensão da taxa de redesconto e seu papel na política monetária brasileira é essencial para entender os movimentos econômicos do país e tomar decisões informadas, especialmente no contexto de investimentos.
Portanto, acompanhar de perto as mudanças nas taxas de redesconto e outras medidas adotadas pelo Banco Central pode fornecer insights valiosos para investidores e analistas do mercado financeiro.
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