Recentemente, surgiram especulações sobre a expansão do Nubank para novos mercados, e países como África do Sul, Nigéria e Turquia estão entre os possíveis destinos. Segundo o Goldman Sachs, essas regiões apresentam potencial de crescimento significativo e se alinham às estratégias de expansão da fintech brasileira.
Quais países estão no radar do Nubank?
Atualmente, o Nubank opera no Brasil, Colômbia e México. No entanto, novos horizontes estão sendo considerados, especialmente em mercados com baixa inclusão financeira e alta concentração de mercado. De acordo com o Goldman Sachs, a África do Sul, Nigéria e Turquia se destacam por atenderem a esses critérios.
Além disso, esses países apresentam uma oportunidade única para o Nubank devido às características demográficas e econômicas que permitem grande escala de crescimento. A fintech busca mercados de renda média ou baixa, com mínimo de 30 milhões de adultos e onde menos de 50% da população possui cartão de pagamento.
Por que focar na África do Sul, Nigéria e Turquia?
Em junho de 2023, David Vélez, fundador e presidente-executivo do Nubank, mencionou que os Estados Unidos podem ser uma oportunidade futura. Entretanto, análises posteriores apontaram que mercados como a África do Sul, Nigéria e Turquia oferecem uma combinação favorável de baixa inclusão financeira e alta demanda por serviços bancários digitais.
- Na África do Sul, a população de 60,4 milhões possui uma penetração de internet de 72%, mas apenas 16% têm acesso a cartões de pagamento, tornando-se um mercado promissor.
- Nigéria, com 130,7 milhões de habitantes, apresenta uma penetração de internet de 55%, sendo outro mercado atrativo devido à baixa inclusão financeira.
- A Turquia possui 84,1 milhões de habitantes e uma alta taxa de uso de internet (81%), fazendo dela um mercado estratégico pela sua escala e crescimento econômico.
Como o Nubank planeja sua expansão?
O Goldman Sachs analisou 138 países para identificar mercados potenciais. Alguns dos critérios utilizados incluem a liberdade econômica e a penetração de cartões de pagamento. Além da África do Sul, Nigéria e Turquia, mercados como Indonésia, Filipinas, Índia, Vietnã e Tailândia foram considerados.
Esse estudo reflete a estratégia do Nubank de entrar em mercados onde pode alcançar uma grande base de novos clientes e oferecer serviços financeiros inovadores, replicando o sucesso que teve no Brasil. No cenário regional, a fintech busca expandir sua base de usuários e aumentar sua receita através de novos produtos e serviços financeiros.
Qual o impacto do crescimento acelerado do Nubank?
Fundado em 2013, o Nubank rapidamente se tornou um dos principais bancos digitais do Brasil e do mundo, contando com mais de 90 milhões de clientes no Brasil, e cerca de 10 milhões na Colômbia e México. A estratégia da empresa é simples: democratizar o acesso a serviços financeiros através de uma plataforma digital intuitiva e acessível.
Os resultados financeiros do Nubank refletem esse sucesso. O lucro do banco digital continuou crescendo, com uma previsão de aumento de 45% no segundo trimestre de 2024, alcançando R$ 2,58 bilhões. Esse desempenho, junto com uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 60 bilhões, coloca o Nubank em uma posição estratégica para expandir suas operações.
Além disso, o Nubank possui uma vantagem comparativa em termos de capital, representando cerca de um terço do valor combinado das 30 maiores fintechs globais. Este cenário favorável oferece a segurança necessária para avaliar e apostar em novos mercados internacionais.
Quais são os próximos passos do Nubank?
O Nubank segue analisando mercados e avaliando as oportunidades que melhor se encaixam em sua estratégia de expansão. A fintech deve continuar focando em regiões que oferecem potencial de escala e baixa inclusão financeira, garantindo que sua entrada nesses mercados seja bem-sucedida e sustentável a longo prazo.
A expectativa é que essa expansão não só aumente a base de clientes, mas também traga inovações financeiras importantes para os novos mercados, replicando o sucesso e a transformação que já proporcionou no Brasil e em outros países da América Latina.