Na última sexta-feira (24), a companhia aérea Azul anunciou uma significativa reestruturação em suas operações.
A partir do dia 10 de março, a empresa suspenderá seus voos em 12 cidades do Brasil, citando o aumento nos custos operacionais, disponibilidade de frota e novos ajustes de oferta e demanda como principais razões para a decisão.
Por que a Azul está suspendendo suas operações?
A companhia destacou que a decisão de suspender voos em determinadas localidades é parte de seu planejamento operacional estratégico. Segundo comunicado da empresa, o mercado é constantemente avaliado, e mudanças como essa são necessárias para garantir a sua viabilidade econômica e ajustamento à demanda atual.
Entre as cidades afetadas estão Campos e Cabo Frio no Rio de Janeiro, Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatu no Ceará, Mossoró no Rio Grande do Norte, Correia Pinto em Santa Catarina, São Raimundo Nonato e Parnaíba no Piauí, Rio Verde em Goiás e Barreirinha no Maranhão.
Além disso, a partir de 3 de março, todas as operações para Fernando de Noronha serão realizadas exclusivamente a partir do aeroporto de Recife. Já a partir de 10 de março, voos partindo de Juazeiro do Norte terão Campinas como destino principal.
Qual o impacto dessas mudanças para os passageiros?
As mudanças planejadas pela Azul afetam diretamente os passageiros que dependem dos voos nas cidades impactadas. Isso pode resultar em maior tempo de viagem, uma vez que os clientes precisarão buscar aeroportos alternativos para chegarem ao seu destino.
No aeroporto de Caruaru, mudanças também serão implementadas, com voos operados por aeronaves de menor capacidade, como o Cessna Grand Caravan, devido à baixa ocupação.
A empresa afirmou que essas alterações são normais, especialmente diante do cenário econômico de alta do dólar, como foi explicado pelo presidente-executivo John Rodgerson. Ele mencionou que o objetivo não é enxugar a malha aérea, mas sim realizar ajustes que mantenham a sustentabilidade da operação. (via: Forbes)
Planos de fusão com a Gol
Em meio a estas mudanças, a Azul está em negociação com a holding controladora da Gol para uma possível fusão. Caso aconteça, essa união criaria uma gigante no setor, responsável por cerca de 60% dos voos domésticos no Brasil, de acordo com dados da ANAC.
Especialistas consideram essa potencial fusão como um “mal necessário”. Isso porque, sem a integração, tanto a Azul quanto a Gol poderiam enfrentar sérios desafios financeiros.
A Azul se diferencia por não ter recorrido a um processo de recuperação judicial, situação que a Gol está enfrentando nos EUA.
No ano passado, a Azul garantiu um acordo com arrendadores para liquidar dívidas em troca de participação acionária, o que fortalece sua posição no cenário competitivo.