O Capital Asset Pricing Model, conhecido como CAPM, é uma ferramenta fundamental no mundo dos investimentos, auxiliando na análise da relação entre risco e retorno. Seu uso adequado pode fornecer insights valiosos para investidores em busca de tomar decisões informadas.
O CAPM, abreviação para Precificação de Ativos Financeiros, é um método que calcula o equilíbrio entre o risco e o retorno de um investimento em uma carteira diversificada. Sua fórmula básica incorpora diversos componentes, incluindo a taxa livre de risco, o prêmio de risco de mercado e o beta do investimento.
Como o CAPM é calculado?
De acordo com o modelo, o retorno esperado de um investimento (ERi) é determinado pela soma da taxa livre de risco (Rf) com o produto do beta do investimento (βi) pelo prêmio de risco de mercado (ERm – Rf). Essa equação simples, porém poderosa, oferece uma estimativa teórica do retorno que os investidores podem esperar dada a relação entre o risco assumido e o retorno almejado. O cálculo é feito da seguinte forma: ERi = Rf + βi (ERm – Rf). Assim temos:
- ERi = Retorno Esperado do Investimento (Expected Return of Investiment);
- Rf = Taxa Livre de Risco (Risk-free rate);
- βi = Beta do investimento (Beta of the investment);
- ERm = Retorno Esperado do Mercado (Expected Return of market);
- (ERm – Rf) = Prêmio de Risco de Mercado (Market risk premium).
O beta, uma medida de risco não diversificável, desempenha um papel crucial no cálculo do CAPM. Ele captura a sensibilidade de um investimento em relação às flutuações do mercado, permitindo aos investidores avaliar o nível de risco que estão assumindo em suas carteiras. Quanto maior o beta, maior o risco potencial, e consequentemente, maior deve ser o retorno esperado para compensar esse risco.
É importante ressaltar que o CAPM não está isento de limitações. Uma das críticas frequentes é sua suposição de que a taxa livre de risco permanecerá constante, o que nem sempre reflete a realidade do mercado.
Além disso, o modelo tende a trabalhar com eventos passados, o que pode não prever com precisão o desempenho futuro dos investimentos. Contudo, quando utilizado em conjunto com outras métricas e análises, o CAPM pode fornecer insights valiosos para os investidores.
Outro conceito importante
Outro conceito fundamental relacionado ao CAPM é a Teoria do Portfólio, desenvolvida por Harry Markowitz. Essa teoria destaca a importância da diversificação na maximização do retorno esperado para um dado nível de risco. Ao distribuir os investimentos em uma variedade de ativos, os investidores podem reduzir o risco total de suas carteiras, conforme sugerido pela premissa de que o risco diversificável pode ser diluído.
Ao calcular o CAPM, os investidores devem considerar os diferentes tipos de risco envolvidos. Enquanto o risco diversificável pode ser mitigado por meio da diversificação da carteira, o risco não diversificável, muitas vezes relacionado a fatores macroeconômicos e eventos externos, permanece inalterado.
O CAPM possibilita a identificação da possível rentabilidade de um ativo levando em consideração o risco diversificável, fornecendo uma ferramenta útil para a tomada de decisões de investimento.
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