A Azul Linhas Aéreas divulgou recentemente que a empresa norte-americana Capital Research Global Investors (CRGI) adquiriu uma participação acionária significativa na companhia. Anteriormente, a CRGI detinha 9,903% das ações preferenciais da Azul, e agora essa participação aumentou para 10,083%.
Isso equivale a um total de 33.646.662 ações preferenciais, com 6.330.000 delas sujeitas a empréstimos. É importante ressaltar que essa mudança não afeta a estrutura administrativa ou o controle da empresa.
Segundo comunicado divulgado pela Azul, a CRGI não possui uma quantidade específica de ações da companhia em vista. Além disso, não há outros valores mobiliários ou instrumentos financeiros relacionados a essas ações detidos pela CRGI, nem qualquer acordo que regule o exercício de direitos de voto ou a compra e venda de valores mobiliários da empresa.
Tipos de ações e decisões da empresa
As ações preferenciais da Azul não conferem direito a voto no conselho de administração. Atualmente, David Neeleman é o maior acionista individual, com 67% das ações ordinárias, seguido pelos acionistas da antiga Trip, detentores dos 33% restantes. A United Airlines também possui uma parcela das ações preferenciais, correspondendo a 8,04% do total.
Para cumprir as exigências regulatórias, a Azul estabeleceu uma estrutura acionária diferenciada, garantindo a distribuição adequada de participação econômica e direitos de voto entre os detentores de ações ordinárias e preferenciais. Sob essa estrutura, cada ação preferencial equivale a 75 ações ordinárias e confere o direito a receber 75 vezes o valor dos dividendos distribuídos aos detentores de ações ordinárias.
Os acionistas ordinários detêm o controle de voto na Azul, enquanto os acionistas preferenciais possuem direito a tag along de 100%. Vale destacar que David Neeleman é o maior acionista individual de pessoa física, detendo 2,18% das ações preferenciais da empresa.
Direito de voto e complexidade do mercado
Essas informações são fundamentais para compreender o cenário acionário da Azul Linhas Aéreas e quem são os principais atores nesse contexto. A distribuição de participação e direitos de voto reflete a complexidade e a dinâmica do mercado de aviação, onde diferentes investidores exercem influência de acordo com suas estratégias e interesses.
Ao acompanhar essas mudanças no quadro acionário da Azul, podemos ter insights importantes sobre o futuro da empresa e seu posicionamento no mercado aéreo brasileiro e internacional. A transparência na divulgação dessas informações é essencial para investidores, analistas e demais interessados em compreender os rumos da companhia e suas perspectivas de crescimento e desenvolvimento.