A gestão financeira familiar se torna um desafio ainda maior quando se tem filhos. Um estudo recente realizado por uma fintech especializada em educação financeira revelou que, em grandes metrópoles, os gastos para criar um filho até os 18 anos podem variar entre R$ 717 mil e R$ 887 mil para famílias com renda mensal entre R$ 7,1 mil e R$ 22 mil.
Por que reforçar a reserva de emergência ao planejar ter filhos?
Segundo Ana Paula Netto, planejadora financeira certificada, é essencial que casais iniciem uma poupança específica pelo menos dois anos antes da chegada do bebê. Para quem já possui uma reserva de emergência, a recomendação é fortalecê-la, especialmente quando há dependentes financeiros no núcleo familiar.
Quais as principais dicas para novas mães investidoras?
Netto aconselha as futuras mães a considerarem a contratação de um plano de saúde com antecedência, dada a carência comum de 300 dias para partos. Além disso, pequenos gastos como decoração do quarto do bebê e aquisição de itens essenciais podem impactar significativamente o orçamento da família. Preparar-se financeiramente para essas despesas é crucial.
Como a educação financeira dos filhos pode começar cedo?
Ensinar sobre finanças desde cedo é um passo importante para garantir a independência financeira futura dos filhos. Netto sugere o uso de mesadas e “porquinhos” para ensinar sobre o valor do dinheiro. Alertas sobre o uso consciente de produtos financeiros também são essenciais para jovens que estão começando a trabalhar.
Investindo no futuro: educação e previdência
A planejadora financeira destaca que os gastos com educação são os mais significativos. Investir em uma poupança educacional desde o nascimento do filho pode reduzir esses custos em até 40% até a fase adulta, graças ao efeito dos juros compostos. Cuidar da própria aposentadoria também é considerado um ato de amor, evitando futuros ônus para os filhos.
- Estabeleça um fundo emergencial: Idealmente, este deve cobrir até 12 meses de despesas familiares.
- Revise seu orçamento: Com a chegada de um filho, é fundamental ajustar os gastos e prioridades.
- Considere um seguro de vida: É uma proteção adicional importante, especialmente para a provedora principal da família.
Planejar financeiramente a chegada de um filho envolve diversos fatores, desde a criação de reservas financeiras até investimentos em educação e previdência. Tão importante quanto garantir o bem-estar dos filhos é assegurar a saúde financeira da família, para que todos possam desfrutar de uma vida mais tranquila e segura.
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