Atrás das medalhas e dos holofotes, a realidade de muitos atletas olímpicos é bem diferente do que se imagina. Uma pesquisa recente revelou que 71% dos atletas olímpicos, paralímpicos e aspirantes possuem um segundo emprego para complementar a renda.
A dedicação exclusiva ao esporte, muitas vezes, não é suficiente para garantir uma vida confortável. A maioria dos atletas não recebe salários fixos e depende de premiações, patrocínios e bolsas de estudo. Para muitos, essa renda é insuficiente para cobrir todas as despesas com treinamentos, viagens e equipamentos.
Empregos inusitados
A necessidade de complementar a renda leva muitos atletas a assumirem os mais diversos tipos de empregos. Alguns trabalham como professores de educação física, personal trainers, vendedores ou entregadores. Outros, como os britânicos Jack Laugher e Robbie Manson, medalhistas olímpicos, recorrem a plataformas como o OnlyFans para gerar renda extra.
A boxeadora americana Morelle McCane, por exemplo, trabalhou como palhaça de festa de aniversário, supervisora de creche e entregadora para conseguir financiar sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris.
A nova geração de atletas-influencers
Com o crescimento das redes sociais, uma nova geração de atletas está emergindo. Atletas como Rebeca Andrade e Rayssa Leal, além de serem medalhistas olímpicas, são verdadeiras influenciadoras digitais, com milhões de seguidores.
Essa visibilidade permite que elas fechem contratos com grandes marcas e gerem renda através de posts patrocinados e campanhas publicitárias.
Alguns competidores, no entanto, fizeram fortuna com seus esportes fora dos jogos olímpicos. Simone Biles, maior medalhista da ginástica, ganhou US$ 7,1 milhões (R$ 40,7 milhões) no ano passado, segundo estimativas da Forbes. Atletas como Biles utilizam suas plataformas digitais para construir marcas pessoais fortes e gerar milhões de dólares em receita.