Na manhã desta quinta-feira, 8, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu uma reunião no Palácio do Planalto expressando satisfação com o desempenho dos ministros durante os primeiros 18 meses de seu governo. Lula destacou que, por enquanto, não cogita fazer mudanças no ministério.
Em sua fala inicial, transmitida pelos canais de comunicação do Planalto, Lula afirmou: “Eu estou muito satisfeito com o trabalho até agora. Vocês veem que a imprensa não discute mais se vai trocar ministério. Não existe esse problema porque todo mundo agora sabe que quem troca sou eu.”
Lula reforçou sua posição, acrescentando: “Como fui eu que indiquei, se eu tiver de trocar alguém, eu vou trocar. Mas não estou pensando nisso. Em time que está ganhando, a gente não mexe. A gente continua o jogo para poder terminar com uma vitória robusta.”
Plano de Ação dos Ministros
O encontro desta manhã tinha como objetivo, segundo Lula, “afinar a viola nas coisas que temos que fazer”. Ele frisou que todos os ministros têm tarefas específicas, vinculadas aos Planos de Ação e aos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Todo mundo tem tarefa determinada. Todo mundo tem o seu PAC. Todo mundo tem a sua função. Daqui para frente, o que temos de fazer é trabalhar e fazer, cada vez mais, um esforço”, pontuou o presidente.
Como está o retorno de Fernando Haddad?
A reunião contou com a presença destaque do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que retomou suas atividades após um período de férias. O retorno de Haddad ocorre logo após a divulgação de áreas visadas pelo Ministério do Planejamento e Orçamento para cortes de R$ 15 bilhões em despesas.
Além disso, o clima no Planalto se intensificou após recentes pesquisas de avaliação de governo que destacaram preocupações com a administração brasileira, especialmente diante da crise política na Venezuela e das denúncias de fraude eleitoral no país vizinho.
Desafios Futuros do Governo
Segundo Lula, a agenda da reunião se concentrou não apenas nas ações realizadas até o momento, mas também no planejamento futuro, especialmente para o final do ano e 2025. O governo promete cortes de até R$ 25,9 bilhões antes do envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o próximo exercício.
O esforço do governo em cumprir a meta de déficit zero é contínuo, mesmo com a possibilidade de novos ajustes. A meta, que trabalha com uma banda de tolerância de até 0,25% do PIB, estimada em R$ 28,8 bilhões, apresenta desafios significativos para os ministérios.
Como serão as eleições na Câmara e no Senado?
Em sua fala, Lula também destacou a importância das próximas eleições das Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que ocorrerão em fevereiro de 2024. Tanto Arthur Lira (PP-AL) quanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara e do Senado respectivamente, não poderão concorrer novamente.
“Temos uma Câmara que vai trocar de presidente, temos um Senado que vai trocar de presidente. E, com tudo isso, tem que ter muita cautela para que não tenha nenhuma incidência no funcionamento do governo,” afirmou o presidente.