A recente notícia de astronautas “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS) devido a problemas técnicos em sua nave espacial reacendeu um debate fascinante: a possibilidade de viajar no tempo.
A bordo da tripulação se encontram os astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams. A expectativa era passar apenas 8 dias fora da órbita terrestre. Porém o plano não foi eficaz.
Mas será que passar um tempo prolongado no espaço pode fazer com que os astronautas envelheçam mais lentamente e, consequentemente, voltem à Terra “mais novos”?
A Teoria da Relatividade e a dilatação do tempo
A resposta a essa pergunta está enraizada na Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Essa teoria revolucionária propõe que o tempo não é absoluto, mas sim relativo e depende da velocidade e da gravidade. Em outras palavras, o tempo passa mais lentamente para objetos que se movem em altas velocidades ou que estão em campos gravitacionais mais fortes.
No Espaço, o tempo passa mais lento
A Estação Espacial Internacional orbita a Terra a uma velocidade de cerca de 28.000 km/h. Essa velocidade, embora pareça incrível para nós, é apenas uma fração da velocidade da luz. No entanto, mesmo essa velocidade relativamente baixa é suficiente para causar um efeito mensurável na passagem do tempo.
Embora a teoria da relatividade preveja a dilatação do tempo, o efeito é extremamente pequeno em velocidades que podemos alcançar atualmente. Para que a diferença fosse perceptível, os astronautas precisariam viajar por muitos anos próximos à velocidade da luz.
Outros fatores que influenciam o envelhecimento
Além da velocidade, outros fatores podem influenciar o envelhecimento, como a exposição à radiação cósmica e a microgravidade. Esses fatores podem ter efeitos negativos na saúde dos astronautas, mas não são capazes de reverter o processo de envelhecimento.
Em resumo, embora a teoria da relatividade preveja que o tempo passa mais lentamente para objetos que se movem em altas velocidades, o efeito é tão pequeno que não é perceptível em viagens espaciais de curta duração.
Portanto, os astronautas que estão presos na ISS não voltarão à Terra mais jovens. No entanto, a pesquisa sobre os efeitos da viagem espacial no corpo humano continua sendo fundamental para futuros projetos de exploração espacial.