O jogo do bicho é uma prática de apostas ilegais que há décadas faz parte do cotidiano de muitos brasileiros, especialmente no estado do Rio de Janeiro.
A atividade, além de infracional, tem uma história marcada por disputas internas e violentas entre grupos rivais.
Após a morte de Castor de Andrade em 1997, conhecido como um dos principais chefões do jogo, o cenário de violência se intensificou, com várias facções lutando pelo controle das operações.
Recentemente, investigações da Justiça do Rio levaram à prisão de Rogério Andrade e Gilmar Eneas Lisboa, acusados de envolvimento na morte de Fenando Iggnácio, associado a disputas internas entre esses grupos criminosos.
Quem são os principais envolvidos nessas disputas?
Rogério Andrade e Gilmar Eneas Lisboa são duas figuras centrais nos conflitos pelo controle do jogo do bicho no Rio de Janeiro.
Andrade é reconhecido como sucessor de Castor de Andrade, seu tio, enquanto Lisboa teria auxiliado num dos crimes ao monitorar uma das vítimas. Ambos foram denunciados pelo homicídio de Iggnácio, que também está vinculado ao mesmo círculo familiar e criminal.
A figura de Rogério Andrade, em particular, tem estado sob o escrutínio da justiça há anos. O Supremo Tribunal Federal já trancou ações penais contra ele por falta de provas que comprovasse seu envolvimento direto em esquemas criminosos. No entanto, a recente determinação judicial reflete a continuidade das suspeitas e investigações que envolvem seu nome.
Legalização dos jogos no Brasil avança no Senado
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto de lei que busca legalizar atividades como bingos, cassinos e o jogo do bicho no Brasil.
A proposta, em tramitação há mais de um ano, encontrou forte resistência de determinados grupos, mas recebeu apoio significativo do Centrão e da base governista, sendo aprovada por 14 votos a favor contra 12 contrários.
O tema gerou debates calorosos, com a bancada evangélica expressando sua oposição durante audiências públicas e discussões no Senado. Entretanto, mudanças no cenário político permitiram um avanço na tramitação, com defensores do projeto destacando os potenciais benefícios econômicos e sociais que a legalização dos jogos poderia trazer ao país.