O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, está em visita ao Oriente Médio para discutir possíveis parcerias nos setores de petroquímica, distribuição de combustíveis e refino.
Esses são segmentos que a Petrobras planeja reinvestir após ter diminuído sua participação nos últimos anos.
Reunião discute oportunidades de cooperação
Na quinta-feira (15), Prates teve uma reunião com Sultan bin Ahmed Al-Jaber, o CEO da Adnoc, companhia petrolífera do Abu Dhabi, para discutir oportunidades conjuntas nos domínios de gás, refino, combustíveis e petroquímica. Eles também discutiram os processos de diligência sobre a venda da Braskem, sendo realizados separadamente por cada empresa.
Decisão sobre a Braskem
A Braskem é um ponto de atenção, pois a Petrobras é parceira da Novonor (ex-Odebrecht) na empresa e tem direito de preferência caso decida vender ou ampliar sua participação.
A estatal do Abu Dhabi fez uma proposta de R$ 10,5 bilhões pela participação da Novonor na Braskem, e a decisão sobre o negócio é esperada para o primeiro semestre deste ano.
Ampliação da atuação da Petrobras
A Petrobras tem planos de expandir sua atuação na área petroquímica no governo atual, embora ainda não haja novos investimentos definidos para o plano de negócios de 2024 a 2028.
Prates tem enfatizado que a nova onda de internacionalização da Petrobras deveria envolver operações na Ásia e Oriente Médio.
A viagem ao Oriente Médio
A visita ao Oriente Médio, que se estenderá por mais dois dias, ainda incluirá uma visita ao Qatar. Prates se encontrará com a Qatar Energy, que tem operações no Brasil.
A viagem segue após a participação da Petrobras em um evento do setor de energia na Índia.
Retomada da operação da refinaria na Bahia
Antes de se reunir com a Adnoc, Prates também se encontrou com Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, CEO e presidente da Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi. Eles discutiram uma potencial parceria para retomar a operação da refinaria de Mataripe, na Bahia, e investimentos em biorrefino.
A Acelen, controlada pela Mubadala, é atualmente responsável pela operação da refinaria.
As negociações e discussões da Petrobras no Oriente Médio apontam para um futuro onde a empresa pretende expandir seu alcance internacionalmente. Através de parcerias potenciais, a Petrobras espera fortalecer sua posição nos segmentos de petroquímica, distribuição de combustíveis e refino.