O novo cessar-fogo entre Israel e Hamas, anunciado em Doha, representa um importante passo nos esforços para encerrar um conflito que começou em outubro de 2023.
Esta segunda trégua surge com a intenção de estabelecer medidas concretas para a resolução do conflito, incluindo a libertação de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza.
A partir do próximo domingo (19), o cessar-fogo será implementado, com o Catar, Egito e Estados Unidos atuando como mediadores do acordo.
A ONU e o presidente dos EUA, Joe Biden, expressaram apoio a esse avanço, que também busca aliviar a crise humanitária enfrentada pela população de Gaza.
Quais são os principais pontos do cessar-fogo?
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas abrange várias fases, com medidas destinadas a acabar permanentemente com o conflito.
A primeira fase foca na libertação de cerca de cem reféns ainda em poder do Hamas. Esse processo começa com a libertação de 33 reféns, incluindo crianças e mulheres, enquanto Israel concorda em libertar mais de 1.000 prisioneiros palestinos, com exceção dos envolvidos nos ataques de 7 de outubro de 2023.
Em termos militares, o acordo prevê a retirada das tropas israelenses de Gaza, mantendo presença ao longo das fronteiras para proteger áreas próximas.
O controle do corredor da Filadélfia entre Gaza e Egito, ponto de controvérsia, deverá ser rearranjado, permitindo que residentes do norte de Gaza retornem gradualmente às suas casas sem armamentos.
O aumento da ajuda humanitária à Gaza também é uma prioridade no acordo, buscando aliviar a crise enfrentada por seus 2,3 milhões de habitantes.
Como será o futuro de Gaza?
Um dos pontos críticos não resolvidos nas negociações é a governança futura de Gaza. Israel rejeita tanto a continuação do Hamas no poder quanto a administração pela Autoridade Palestina, questionando quem gerirá Gaza após o conflito.
A comunidade internacional defende uma administração palestina, mas ainda não encontrou uma solução viável. Discussões sobre uma administração provisória continuam entre os EUA, Israel e Emirados Árabes Unidos, mas incertezas permanecem.
Como o contexto político dos EUA influencia o acordo?
A aproximação da posse de Donald Trump como presidente dos EUA traz um cenário político adicional às negociações. Trump já se posicionou de forma crítica em relação ao Hamas e prometeu ações decisivas caso os reféns não fossem libertados.
Seu enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, esteve envolvido nas negociações, aumentando a pressão por resultados. A mudança de administração nos EUA pode trazer novas dinâmicas à implementação do acordo e às futuras negociações de paz.
Quais os conflitos ativos neste momento pelo mundo?
- Guerra Russo-Ucraniana
- Guerra civil no Mianmar
- Guerra civil na Síria
- Guerra Civil Iemenita
- Guerra em Burkina Faso
- Guerra contra o narcotráfico em Bangladesh
- Guerra no Noroeste do Paquistão
- Guerra contra as gangues em El Salvador
- Guerra de gangues no Haiti
Impacto global dos conflitos armados
Os conflitos armados têm consequências que superam os combates entre forças rivais. Eles resultam em crises humanitárias, deslocamento forçado de populações e colapsos econômicos.
Segundo relatos das Nações Unidas, milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, enquanto economias já frágeis enfrentam maiores pressões.
Além disso, há o impacto ambiental dos conflitos, como a poluição causada por bombardeios e destruição de infraestruturas.