Desde a revelação da fraude contábil que abalou a gigante do varejo Americanas, três figuras se destacam no cenário bilionário nacional: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Mesmo em meio à crise que reduziu drasticamente o valor de mercado da Americanas, esses empresários viram seu patrimônio aumentar significativamente, conforme atualizado pela revista Forbes.
Fraude e consequências econômicas
Em janeiro do ano passado, a Americanas surpreendeu o mercado ao divulgar uma manipulação contábil em suas demonstrações financeiras, que superou os R$ 40 bilhões.
Essa revelação impactou profundamente o valor das ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, culminando em uma queda de mais de 99%.
Contrapondo essa situação, Lemann, Telles e Sicupira não apenas preservaram seus ativos, como também incrementaram suas fortunas em R$ 42 bilhões desde o ocorrido, de acordo com a Forbes.
Análise econômica do fenômeno
Especialistas no campo econômico afirmam que a situação dos proprietários da Americanas não é uma exceção, mas um reflexo das características do capitalismo moderno.
Um volume considerável de capital gera investimento em ativos rentáveis que, mesmo em crise no varejo, podem gerar lucros em outras frentes. A estrutura tributária do país permite que ricos paguem menos impostos em comparativo proporcional ao restante da população, aumentando a concentração de riqueza.
Impactos na força de trabalho e investigações
Enquanto os principais acionistas da Americanas não sofrem consequências diretas, o mesmo não pode ser dito de seus funcionários. Entre janeiro de 2023 e fevereiro de 2024, a empresa já demitiu mais de 10 mil colaboradores, quase um quarto de sua força laboral.
Paralelamente, investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal estão em andamento para determinar responsabilidades. Ex-executivos da empresa são os principais alvos, mas Lemann, Telles e Sicupira não foram implicados oficialmente.