A disseminação da mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, está gerando alarme global com seu rápido avanço. Embora inicialmente restrita ao continente africano, a doença agora atinge novos territórios, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir alertas e declarações de emergência.
A identificação de novas variantes perigosas fora da África acendeu o alerta para o risco de uma nova pandemia. A mpox, com seus sintomas e métodos de transmissão variados, demanda atenção e ação rápida. A seguir, detalhamos essa ameaça crescente à saúde pública mundial e o que pode ser feito para controlá-la.
Sintomas da mpox
Os sintomas da doença geralmente começam a aparecer entre 5 e 21 dias após a infecção. No estágio inicial, muitos sintomas se assemelham aos de uma gripe forte, incluindo:
- Febre alta
- Dores de cabeça severas
- Dores musculares intensas
- Fadiga extrema
- Inchaço dos gânglios linfáticos nas regiões do pescoço, axilas e virilha
Após os sintomas iniciais, dentro de 1 a 3 dias, surge uma erupção cutânea característica. Começando como manchas avermelhadas, as lesões evoluem para bolhas cheias de líquido, localizadas principalmente no rosto, extremidades, tronco e mucosas.
Eventualmente, essas bolhas se rompem e podem deixar manchas escuras. Em muitos casos, essas erupções podem ser confundidas com outras doenças, dificultando um diagnóstico rápido e preciso.
Transmissão
A mpox pode ser transmitida de várias maneiras, incluindo:
- Contato direto com secreções respiratórias de indivíduos infectados.
- Contato direto com lesões ou bolhas na pele de uma pessoa infectada.
- Beijos, abraços ou relações íntimas com uma pessoa infectada.
- Uso compartilhado de objetos contaminados com fluidos de pacientes ou materiais das lesões.
A prevenção passa pela necessidade de evitar o contato direto com pessoas infectadas e objetos contaminados. Práticas rigorosas de higiene também são imprescindíveis para limitar a propagação.
Risco de uma nova pandemia?
Recentemente, a OMS emitiu um alerta sobre o aumento dos casos de mpox, principalmente após a identificação de uma variante letal fora da África, na Suécia. Conhecida como Clade 1, esta variante apresentou uma alta taxa de letalidade. Ela foi inicialmente detectada na República Democrática do Congo, onde já causou mais de 450 mortes.
A OMS categorizou o surto de mpox como uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Isso indica que uma resposta global coordenada é necessária para impedir uma disseminação abrangente do vírus.
Por que a mpox é tão perigosa?
A severidade da mpox está principalmente relacionada à sua capacidade de causar graves complicações, especialmente em pessoas com sistemas imunológicos debilitados. A variante Clade 1, em particular, apresenta uma taxa de mortalidade que pode chegar a 10%. A combinação de rápida disseminação e alta letalidade torna essa doença uma ameaça significativa à saúde pública.
Medidas de prevenção
Para evitar a disseminação da mpox, algumas estratégias precisam ser seguidas:
- Isolamento de indivíduos infectados para evitar a propagação do vírus.
- Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) pelos profissionais de saúde.
- Higiene constante das mãos e desinfecção de superfícies.
- Informação e conscientização sobre os riscos e modos de transmissão.
Essas práticas são vitais para prevenir novos surtos e controlar a disseminação da doença. A colaboração entre autoridades de saúde e o público é fundamental para mitigar os riscos e evitar uma nova pandemia.