Uma recente pesquisa realizada pela B3, a bolsa de valores brasileira, revelou que 43% dos investidores do país preferem alocar seus recursos em aplicações de renda fixa, conhecidas por oferecer menor risco e maior previsibilidade.
Entre as opções mais buscadas encontram-se os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e o Tesouro Direto, sendo o primeiro responsável por 94% das preferências, enquanto o segundo representa 6%.
Ambos os investimentos são frequentemente recomendados para quem deseja garantir rendimentos superiores aos da poupança.
Características dos CDBs e Tesouro Direto
Os CDBs e o Tesouro Direto, apesar de pertencerem ao mesmo grupo de renda fixa, apresentam particularidades distintas.
O Tesouro Direto consiste em títulos emitidos pelo Governo Federal, considerado o investimento de menor risco no mercado brasileiro, devido à garantia estatal. Já os CDBs são emitidos por instituições bancárias, que utilizam os recursos captados para fornecer empréstimos, trazendo um risco um pouco maior por conta da origem privada do emissor.
Segundo especialistas, os CDBs, apesar de mais arriscados do que os títulos do Tesouro devido à natureza privada do emissor, contam com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que atua como seguro para o investidor, cobrindo até R$ 250 mil por instituição, por CPF, em caso de problemas financeiros do banco emissor.
Rentabilidade e subsidiariedade
A rentabilidade dos CDBs e do Tesouro Direto pode ser dividida em três tipos principais: pós-fixado, prefixado e híbrido.
Os investimentos pós-fixados seguem variações da taxa Selic ou CDI, enquanto os prefixados permitem ao investidor conhecer previamente a valorização do título. Os híbridos, por sua vez, combinam ambas as modalidades e geralmente são atrelados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A diversidade de prazos e opções também é uma característica marcante desses investimentos. No site do Tesouro, há várias alternativas de vencimentos disponíveis, enquanto os CDBs oferecem uma extensa gama de escolhas devido à pluralidade de instituições emissoras, facilitando o ajuste do investimento ao perfil do investidor.
Impactos da tributação e liquidez nos investimentos
Os rendimentos de CDBs e Tesouro Direto são sujeitos à tributação de Imposto de Renda, seguindo uma tabela regressiva onde as alíquotas variam de 22,5% a 15%, dependendo do tempo do investimento. Adicionalmente, investimentos acima de R$ 10 mil no Tesouro Direto estão sujeitos a uma taxa de custódia de 0,20%.
A liquidez, ou a facilidade de converter o investimento em dinheiro sem perda de valor, é um fator crucial na escolha entre esses produtos.
É importante destacar que, enquanto alguns títulos oferecem liquidez diária, permitindo resgates a qualquer momento, outros requerem que o investidor espere o vencimento ou opte pela venda no mercado secundário, o que pode implicar em perda financeira devido à marcação a mercado.
Escolhendo entre CDBs e Tesouro Direto
Na escolha entre CDBs e Tesouro Direto, a comparação das taxas e características dos produtos é essencial.
Especialistas sugerem que CDBs com liquidez diária apresentem rentabilidades superiores a 100% do CDI para compensar o maior risco envolvido em relação ao Tesouro Selic. Já os investimentos prefixados e híbridos devem ser avaliados conforme os prazos e riscos associados.
Entender o perfil de investidor, além de definir metas claras, é fundamental para um planejamento financeiro eficaz. Assim, investidores podem tomar decisões mais informadas que maximizem seus ganhos e minimizem riscos ao considerar aplicações em CDBs ou Tesouro Direto.