No último 18 de julho, a Cielo, reconhecida empresa no setor de meios de pagamento, divulgou uma notícia significativa que reverberou no mercado financeiro. A empresa anunciou que seus membros independentes do conselho de administração deram um parecer favorável, por unanimidade, para a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) de suas ações.
A iniciativa tem como finalidade o fechamento do capital da empresa, retirando-a do Novo Mercado. Este anúncio segue a publicação do edital e do laudo de avaliação da OPA, que foi feita no dia 10 de julho, sinalizando um momento importante e de transição para a empresa.
Quando será o leilão das ações da Cielo?
O procedimento para a compra das ações será efetuado por meio de um leilão, marcado para o próximo dia 14 de agosto. Durante este evento, será possível aos controladores adquirirem aproximadamente 902 milhões de ações ordinárias ainda em posse dos acionistas minoritários. Cada ação será vendida pelo preço à vista de R$ 5,60, o que, de acordo com as avaliações recentes, representa um prêmio de 31% sobre a média ponderada do preço dos últimos 60 pregões antes do anúncio.
Quem são os principais atores neste processo de OPA?
A operação será liderada por um consórcio de empresas, incluindo Quixaba, BB Elo Cartões, Elo Participações, Alelo e Livelo. Estes atores têm uma ampla trajetória no mercado financeiro, especialmente em serviços relacionados a pagamentos e gestão de crédito. Atualmente, os bancos líderes deste consórcio detêm uma participação conjunta de 58,7% na Cielo, enquanto 40,77% das ações estão distribuídas publicamente e 0,52% encontram-se em tesouraria.
O que isso significa para o mercado de ações brasileiro?
Essa manobra da Cielo marca um ponto de inflexão relevante para o mercado de capitais no Brasil, especialmente considerando a visibilidade e o porte da empresa no mercado de meios de pagamento. A saída de uma companhia deste calibre do Novo Mercado pode suscitar uma série de análises e especulações sobre as conotações para o segmento de tecnologia financeira, além das implicações para os acionistas minoritários e a liquidez do mercado como um todo.
A redução na transparência corporativa e na disponibilidade de ações à negociação pública poderá influenciar não apenas a percepção de risco como também a atratividade de investimentos similares. No entanto, para os investidores atuais da Cielo, a oferta pode representar uma oportunidade interessante de realizar lucros considerando o prêmio oferecido na venda de suas ações.
Enquanto o mercado aguarda a concretização desta oferta pública de aquisição, os olhos permanecem atentos aos próximos movimentos de empresas similares e à reação geral dos participantes do mercado. Com serviços financeiros cada vez mais integrados às tecnologias digitais, as dinâmicas de mercado em 2024 prometem ser tanto desafiadoras quanto inovadoras.