Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) tiveram um aumento de 81 mil novos investidores em janeiro deste ano, elevando o total de pessoas que negociam com cotas de fundos imobiliários para 2,584 milhões.
Este dado foi retirado do boletim mensal de FIIs da B3. A maioria dos investidores – 99,7% – são pessoas físicas que buscam os benefícios fiscais dos dividendos que são isentos de Imposto de Renda (IR).
Maior número de investimentos em Janeiro
Segundo as informações do boletim, o volume de negócios com os fundos imobiliários se manteve estável em R$ 5,7 bilhões no primeiro mês de 2024 em comparação com o mês de dezembro anterior. No entanto, a quantidade de pessoas físicas que investem é menor, de 67,6%, com os investidores institucionais respondendo por 20,3% do total.
O restante se divide entre instituições financeiras e investidores não residentes. Os fundos com cotas mais negociadas no mês foram Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), Kinea Índices de Preços (KNIP11), CSHG Logística (HGLG11), Maxi Renda (MXRF11) e XP Malls (XPML11), que juntos representam 17,5% do total e 20,2% no acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro.
Variações no valor da cota ao longo do mês
O boletim também destacou os FIIs que tiveram as maiores variações no valor da cota ao longo de janeiro. O destaque foi o Brasil Varejo (BVAR11), cuja cota passou de R$ 0,21 no final de dezembro para quase R$ 1400 em janeiro – uma variação de impressionantes 665.650%.
No acumulado de 12 meses, a maior variação foi registrada pelo BB Renda de Papéis Imobiliários (RNDP11), que subiu 156,1%.
Ifix no dia 16 de Fevereiro
Na sessão de sexta-feira, 16 de fevereiro, o Ifix (índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa) fechou praticamente estável, com uma ligeira variação positiva de 0,03%, chegando aos 3350 pontos. No mesmo dia, 53 FIIs pagaram dividendos dividindo entre os cotistas os lucros registrados em janeiro. A maior renda foi paga pelo fundo de papel Devant (DEVA11), num valor de 1,42% e, em valor nominal, o maior pagamento ficou a cargo do Hedge Brasil Shopping (HGBS11), que distribuiu R$ 1,75 por cota.
Além disso, o fundo Rio Bravo Oportunidades Imobiliárias (RBOP11) anunciou que fechou a locação de um de seus imóveis no Rio de Janeiro para o Banco de Brasil (BRB). A nova locação causará um impacto positivo no resultado mensal do fundo, representando um acréscimo de, aproximadamente, R$ 1,06 por cota, ao fim do período de carência de seis meses. Com o novo contrato, a ocupação física do portfólio do fundo aumentou de 17% para 22%, demonstrando otimismo para os próximos meses.