Recentemente, a Meta anunciou a adoção de um novo sistema de correção colaborativa similar ao modelo de “notas da comunidade” utilizado pelo X, plataforma sob comando de Elon Musk.
Esta abordagem visa permitir que os próprios usuários façam ajustes e adições ao conteúdo publicado.
Essa decisão foi aplaudida por Linda Yaccarino, líder do X, ao afirmar que a moderação de conteúdo deve ser um processo inclusivo, acessível a um número maior de pessoas. A nova política da Meta também envolve uma parceria estratégica com o presidente Donald Trump.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, declarou que a empresa colaborará com Trump para enfrentar pressões regulatórias de governos estrangeiros. Essa cooperação alinha-se com a crítica de Zuckerberg a legislações europeias e latino-americanas que, segundo ele, instituem práticas de censura que sufocam a inovação.
Política de checagem de fatos
Com o encerramento do programa de checagem de fatos da Meta, muitas questões surgem.
Como a descontinuação desse serviço influenciará a percepção pública de credibilidade nas plataformas de Zuckerberg? Ficarão os usuários mais à mercê de informações imprecisas ou enganosas sem a intervenção de verificadores profissionais?
Esses são questionamentos relevantes, especialmente em um cenário onde a desinformação pode impactar decisões políticas e sociais. A decisão da Meta de cessar esse tipo de verificação coloca em discussão a eficácia das correções colaborativas no combate à propagação de notícias falsas.
Impacto no contexto internacional
A decisão da Meta de modificar suas práticas de moderação de conteúdo vem em um momento em que a responsabilidade das plataformas na regulação de informações está sob intenso escrutínio.
Na Europa e América Latina, Zuckerberg criticou leis que, segundo ele, limitam a liberdade de inovação. Entretanto, para muitos analistas, tais regulamentos são vistos como medidas necessárias para penalizar a disseminação de conteúdo nocivo.
No Brasil, a discussão está acirrada, com o secretário de Políticas Digitais, João Brant, expressando preocupação e destacando que esses movimentos da Meta podem se referir a órgãos judiciais como o Supremo Tribunal Federal (STF) de maneira depreciativa.
A expansão do conselho de administração da Meta
A Meta recentemente anunciou a integração de três novos membros ao seu conselho diretivo. Entre eles, destaca-se Dana White, conhecido como o CEO que revolucionou o Ultimate Fighting Championship (UFC).
A entrada de White no conselho da Meta não é surpreendente para os que acompanham a crescente relação dele com Zuckerberg. O interesse pessoal de Zuckerberg pelo MMA, além de seu relacionamento amistoso com White, culmina nessa importante decisão.
Quais são os novos membros do conselho?
Além de Dana White, a Meta escolheu outros dois nomes notáveis para compor seu conselho.
Charlie Songhurst, oriundo da Microsoft, onde desempenhou papéis estratégicos notáveis, agora faz parte da equipe da Meta. Sua experiência prévia como consultor de estratégias de produtos de inteligência artificial é de grande importância para os objetivos da empresa.
Outro integrante é John Elkann, que traz consigo um portfólio de liderança consolidado com cargos em empresas como Stellantis e Ferrari. Elkann aporta não apenas sua experiência na indústria automotiva, mas também uma perspectiva internacional decorrente de seu envolvimento com a Exor NV, holding dos Agnelli.