No competitivo mundo dos negócios, rivalidades são inevitáveis e muitas vezes estimulam a inovação e criatividade nas estratégias de marketing.
Empresas de grande porte frequentemente participam de trocas provocativas em suas campanhas publicitárias, uma prática que se tornou conhecida como “Marketing de Provocação”.
Este tipo de marketing aproveita a rivalidade entre marcas para aumentar o engajamento dos consumidores e gerar buzz em torno dos produtos ou serviços envolvidos.
O conceito de Marketing de Provocação
O Marketing de Provocação surge quando marcas utilizam suas campanhas para “alfinetar” concorrentes diretos.
Embora ainda não exista um consenso sobre um nome oficial para essa prática, muitos consideram que seja uma forma de “Marketing de Guerrilha”, dada sua estratégia agressiva e focada em atrair a atenção do público em um curto período de tempo.
Uma campanha bem-sucedida de Marketing de Provocação pode beneficiar todas as marcas envolvidas, desde que lidem de maneira inteligente e respeitosa com as provocações.
Casos famosos de rivalidade publicitária
Coca-Cola x Pepsi
A cada campanha lançada, é evidente que tanto a Coca-Cola quanto a Pepsi estão dispostas a explorar novos limites para garantir que suas marcas se mantenham relevantes no mercado.
Nas últimas décadas, o confronto entre as gigantes foi além. Ícones culturais e estrelas pop foram recrutados para participar de campanhas publicitárias de ambas as marcas, elevando a disputa ao campo das emoções e símbolos.
A Coca-Cola ficou conhecida pelos seus comerciais emotivos, incluindo o clássico “I’d Like to Teach the World to Sing”, em 1971.
Em resposta, a Pepsi investiu em campanhas modernas e ousadas, frequentemente usando celebridades populares como Britney Spears, Michael Jackson e Shakira para simbolizar a marca.
Esta competição entre as gigantes do setor continua a moldar o mercado, influenciando não apenas seus consumidores, mas também as demais marcas do setor.
Mc’Donalds x Burguer King
A competição entre o McDonald’s e o Burger King, duas das maiores redes de fast food do mundo, sempre atraiu a atenção do público e dos especialistas do setor.
Desde a década de 1980, essa disputa, conhecida como “guerra do hambúrguer”, tem gerado manchetes e impulsionado inovações nas estratégias de vendas e marketing de ambas as empresas.
O McDonald’s, conhecido como a maior cadeia de restaurantes do mundo, registrou um lucro impressionante de US$ 5,31 bilhões em 2020. Em comparação, o Burger King, com seu foco em publicidade ousada, alcançou um faturamento de US$ 1,60 bilhão no mesmo período.
O Burger King estabeleceu seu nome por meio de campanhas publicitárias agressivas, frequentemente destacando os seus produtos como superiores ao Big Mac do concorrente. Um exemplo notável foi a investida de publicitar seu Whopper como grelhado, contrastando com o sanduíche frito do rival.
Por outro lado, o McDonald’s adota uma abordagem mais tradicional, focando em suas próprias qualidades, como a presença em mais de 38 mil locais ao redor do mundo e um menu diversificado que frequentemente atrai colaborações com celebridades, como a recente parceria com o grupo de K-pop BTS.
As regras do jogo no Marketing de Provocação
Embora o Marketing de Provocação possa ser uma ferramenta poderosa, ele deve ser utilizado com cautela. As empresas precisam garantir que suas campanhas sejam respeitosas e não ofensivas.
Com a crescente conscientização social e a rápida disseminação de informações nas redes, um deslize pode comprometer a imagem de uma marca de forma significativa. Por isso, é essencial que as campanhas sejam criadas considerando os valores e expectativas do público-alvo.