No universo dos negócios, especialmente no cenário financeiro brasileiro, há sempre uma curiosidade sobre quem são os grandes acionistas por trás das empresas de destaque. Quando se trata do Bradesco, uma das principais instituições financeiras privadas do país, a pergunta “Quem manda na BBDC4?” surge naturalmente.
Entre os maiores acionistas do Bradesco, está Lia Maria Aguiar Góis, uma figura que se destaca não apenas pelos seus investimentos, mas também por sua generosidade e atuação filantrópica. Como filha de Amador Aguiar, o fundador do banco Bradesco, Lia herdou uma parte significativa do império financeiro construído por seu pai, juntamente com suas duas irmãs, Lina Maria Aguiar e Maria Angela Aguiar Bellizia.
Papel das herdeiras na administração do banco
A relação entre as irmãs Aguiar e o Bradesco vai além do aspecto meramente acionário. Elas desempenham papéis importantes na estrutura administrativa do banco e de sua holding, a Bradespar. Lia, por exemplo, ocupa uma vaga no conselho administrativo do grupo, demonstrando sua influência e participação ativa nas decisões estratégicas da instituição.
Além de seu envolvimento nos negócios da família, Lia Maria Aguiar é reconhecida por sua dedicação à filantropia. Em 2008, fundou a Fundação Lia Maria Aguiar, uma instituição sem fins lucrativos sediada em Campos do Jordão, interior de São Paulo. A fundação concentra seus esforços no desenvolvimento de projetos socioculturais voltados para educação, cultura, meio ambiente e inclusão social. Ao longo dos anos, Lia já investiu milhões de reais em iniciativas que visam transformar vidas e comunidades.
No entanto, a trajetória de Lia não tem sido isenta de controvérsias. Em 2016, surgiram notícias sobre um processo movido por Lia contra os sócios do Bradesco, alegando desvio de patrimônio. Embora informações detalhadas sobre esse incidente sejam escassas, isso evidencia que até mesmo os grandes nomes do mundo empresarial não estão imunes a disputas e desafios legais.
Herança e batalha judicial
A história da família Aguiar também foi marcada por batalhas judiciais, como a disputa pela herança após a morte de Amador Aguiar em 1991. Durante anos, as três irmãs travaram uma luta na justiça para garantir seus direitos sobre o patrimônio deixado pelo pai. Essa saga foi amplamente coberta pela imprensa e só foi encerrada após um longo processo legal.
Apesar das adversidades, Lia Maria Aguiar decidiu deixar um legado impactante ao destinar seu patrimônio pessoal, estimado em bilhões de dólares, para a Fundação que leva seu nome. Essa decisão representa não apenas uma das maiores doações já feitas por uma pessoa física no Brasil, mas também um compromisso duradouro com a promoção do bem-estar social e cultural.
Ao abordar a questão dos maiores acionistas do Bradesco, é impossível ignorar o papel fundamental desempenhado por Lia Maria Aguiar Góis e sua família. Para além dos números e das cifras, eles personificam uma história de sucesso, desafios superados e um compromisso inabalável com o desenvolvimento social e econômico do país.