Desde o início de 2024, a performance dos Fundos Imobiliários de Lajes Corporativas tem sido tema frequente entre investidores e analistas do mercado. Apesar de um recuo de 2,2% observado até agora, especialistas acreditam que existem oportunidades subvalorizadas que merecem atenção.
No cenário atual, esses fundos imobiliários enfrentam desafios como alto nível de alavancagem e uma seleção de imóveis que muitas vezes não atende aos padrões de qualidade e localização desejados. Essa situação contribuiu para o desempenho abaixo do esperado, contrastando com a leve alta de 1% no índice de referência do setor.
Por que os FIIs de Lajes Corporativas estão tendo um desempenho fraco?
De acordo com um relatório recente do Itaú BBA, vários fatores têm impactado negativamente os fundos de lajes corporativas. Além de altos níveis de alavancagem, os dados pouco inspiradores do mercado e os desafios na composição dos portfólios são os principais obstáculos enfrentados pela categoria. Essas condições refletem não apenas os problemas internos dos FIIs, mas também uma abertura significativa na curva de juros futuros.
Potenciais oportunidades de ganho nos FIIs de Lajes Corporativas
Apesar dos desafios, especialistas do Itaú BBA destacam que há potenciais oportunidades de ganho de capital, especialmente nas cotas que estão sendo negociadas a preços descontados. Isso sugere que, para investidores dispostos a realizar uma avaliação cuidadosa, pode haver barganhas a serem aproveitadas no mercado.
Recomendações de compra e performance de destaque
Em um panorama mais amplo, dos 14 fundos de escritório analisados pela equipe de banco de investimento, apenas três receberam uma recomendação de compra. Entre eles, destaca-se o Fundo CSHG Prime Properties (HGPO11), que não apenas manteve baixos índices de vacância durante a pandemia, mas também oferece ativos de boa qualidade e bem posicionados no mercado.
- CSHG Prime Properties (HGPO11): Portfólio com baixa vacância e ativos de demanda constante.
- RBR Properties (RBRP11): Gestão dinâmica e diversificação, incluindo exposição ao mercado de galpões logísticos.
- Tellus Properties (TEPP11): Portfólio com potencial de aumento no valor do aluguel, apesar da qualidade técnica inferior.
Nestes fundos recomendados, as características como a diversificação de inquilinos e a gestão estratégica são frequentemente citadas como diferenciais que podem conduzir a melhorias nos rendimentos e na valorização das cotas.
Para aqueles interessados em explorar o mercado de FIIs de lajes corporativas, é crucial um estudo aprofundado e uma avaliação criteriosa dessas oportunidades.
Com a orientação correta e uma estratégia bem definida, os investidores podem localizar tesouros escondidos que oferecem não apenas retornos via dividendos, mas também potencial de valorização de capital a longo prazo.