Em uma tentativa de combater a crescente emigração de seus jovens, o governo de centro-direita de Portugal aprovou uma significativa redução no Imposto de Renda para cidadãos de 18 a 35 anos. Esta decisão estratégica visa não apenas estabilizar mas incentivar a permanência dos jovens no país, proporcionando-lhes melhores condições financeiras.
Detalhes da nova política fiscal
Anunciada nesta quinta-feira, a nova medida fiscal promete uma redução drástica nas alíquotas de imposto, beneficiando mais de 300.000 jovens. Atualmente, as alíquotas variam de 13% a 48%, dependendo da faixa de renda. Com a nova política, a grande maioria dos jovens pagará entre 4,4% e 7%-8%, com uma alíquota máxima de 15% para aqueles que ganham até 5.800 euros mensais.
Qual o impacto esperado com a redução de impostos?
Segundo o primeiro-ministro, Luís Montenegro, esta política é uma resposta à necessidade de retenção de talentos jovens em Portugal. “Precisamos deles aqui para reverter a tendência de emigração que se agravou nos últimos anos”, afirmou ele. Este esforço não só aposta no potencial econômico dos jovens mas também busca rejuvenescer o quadro demográfico e econômico do país.
Outros incentivos para os jovens
Além da redução fiscal, o governo propõe outras facilidades para os jovens, como uma garantia pública que pode cobrir até 15% dos empréstimos habitacionais até 450.000 euros e isenção dos impostos municipais sobre transações. Essas medidas apresentam uma visão integrada para melhorar a acessibilidade à habitação e independência financeira dos jovens.
O corte de impostos, entretanto, representa um custo significativo para o estado, estimado em cerca de 1 bilhão de euros anualmente. Essa quantia é vista como um investimento necessário para prevenir a perda de mais jovens, que representam cerca de 30% do grupo entre 15 e 39 anos que já deixou o país, conforme dados do Observatório da Emigração.
Conclusão e perspectivas futuras
A medida ainda necessita passar pelo Parlamento para sua ratificação. No entanto, Montenegro está confiante na aprovação, dado o apoio generalizado para a redução de impostos manifestado pelas oposições. Se aprovada, esta pode ser um marco no esforço de reter jovens em Portugal, garantindo-lhes um futuro mais promissor e diretamente influenciando o crescimento econômico do país.
Resta aguardar as discussões parlamentares e a implementação prática da medida, que pode transformar significativamente o cenário socioeconômico de Portugal e oferecer um modelo de incentivos fiscais a ser considerado por outras nações com desafios demográficos semelhantes.