A partir de quinta-feira, 15, as ações da Cielo (CIEL3) deixam o Novo Mercado, segundo informou a B3. Esta mudança ocorre após a conclusão da oferta pública de aquisição (OPA) que marca a saída da companhia de pagamentos eletrônicos da bolsa nesta quarta-feira, 14. Com isso, as ações da empresa passam a ser negociadas no segmento básico do mercado.
A operação é parte de um plano maior dos controladores da Cielo, o Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3), que foi anunciado em fevereiro de 2024. O objetivo final é fechar o capital da companhia. Com o término desta fase, o Banco do Brasil poderá ter até 49,99% do capital da Cielo, enquanto o restante ficará sob controle do Bradesco.
Ações da Cielo (CIEL3) e seu impacto no mercado
De acordo com analistas, a OPA deve simplificar a estrutura societária da Cielo e possibilitar uma melhor integração dela com os bancos controladores. No dia 1 de agosto de 2024, a companhia reportou seus resultados do segundo trimestre, apresentando queda no lucro e perda de participação de mercado.
A oferta dos compradores foi de R$ 5,82 por ação, destinada inicialmente a todas as 901,2 milhões de ações no mercado. Com isso, a CIEL3 registrou o maior volume de negócios no pregão, conforme dados divulgados pela B3. Este movimento é significativo para investidores e demais stakeholders, refletindo nas expectativas sobre o futuro da empresa.
Por que a Cielo está deixando o Novo Mercado?
Muitos investidores têm se perguntado: por que a Cielo está deixando o Novo Mercado? A resposta está nas estratégias adotadas pelos controladores, Bradesco e Banco do Brasil, para reorganizar a estrutura da empresa.
O fechamento de capital pode oferecer mais flexibilidade na gestão e na tomada de decisões estratégicas, algo que é mais complexo quando a empresa está listada em um segmento com regras mais rigorosas como o Novo Mercado.
Com isso, os controladores acreditam que poderão implementar mudanças de forma mais eficaz, alinhando os interesses dos bancos às operações da Cielo, e otimizando a integração dos serviços financeiros.
O que muda para os investidores com a saída da Cielo do Novo Mercado?
A saída da Cielo do Novo Mercado traz algumas mudanças significativas para os investidores. Entre os principais pontos, podemos destacar:
- Liquidez: Embora a Cielo continue sendo negociada, a transição para o segmento básico pode afetar a liquidez de suas ações.
- Governança Corporativa: O Novo Mercado é conhecido por possuir regras de governança corporativa mais rígidas. A saída pode resultar em mudanças na transparência e nas práticas de governança da Cielo.
- Controle Acionário: Com a possível compra de ações por Bradesco e Banco do Brasil, a estrutura de controle pode se alterar, influenciando as futuras decisões estratégicas da empresa.
Para quem possui ações da Cielo, é essencial ficar atento às mudanças e analisar como isso poderá impactar seus investimentos.
Quais são as expectativas futuras para a Cielo?
Com a nova estrutura acionária e a saída do Novo Mercado, as expectativas futuras para a Cielo envolvem uma maior integração com os bancos controladores. Esta integração pode facilitar a implementação de novas tecnologias e serviços, diversificando o portfólio de produtos ofertados pela empresa.
As mudanças também podem influenciar a estratégia de mercado da Cielo, potencialmente melhorando sua competitividade e participação no setor de pagamentos eletrônicos.