Na última semana, a Eneva, conhecida por suas operações no setor de energia, tomou um grande passo ao adquirir quatro ativos de geração de energia termelétrica do BTG Pactual, num acordo que alcançou o valor de R$ 2,9 bilhões. Esse movimento estratégico não apenas amplia significativamente o portfólio da companhia no ramo energético, mas também consolida sua posição como uma das principais geradoras de energia do país.
Para viabilizar essa grande compra, a Eneva anunciou um follow-on, ou oferta subsequente de ações, que promete movimentar até R$ 4,2 bilhões. Com esse montante, a empresa espera não apenas financiar a aquisição, mas também melhorar sua estrutura de capital, preparando-se para um futuro de expansão e inovação.
O que essa aquisição significa para a Eneva?
O Banco Santander, ao analisar essa manobra corporativa, manteve sua recomendação de “outperform” para as ações da Eneva, com preço-alvo estimado em R$ 15,71. Essa avaliação positiva é sustentada pela sólida expectativa de retorno sobre o investimento realizado, indicando um futuro promissor para os acionistas da empresa.
Qual é o impacto esperado dessa aquisição?
Segundo estimativas, os ativos adquiridos desempenham com uma taxa interna de retorno real de 13,4%, representando um valor presente líquido de R$ 308 milhões, conforme cálculos que não consideram sinergias fiscais. Além disso, a transação promete diminuir significativamente a relação dívida líquida/Ebtida da Eneva, passando de 4,3x, em 2023, para projeções de 2,9x e 2,3x em 2024 e 2025, respectivamente.
Quais os próximos passos para Eneva após essa grande aquisição?
- O fechamento da transação é aguardado para o quarto trimestre de 2024.
- Auditorias jurídica, financeira, contábil e técnica já estão em andamento, com a negociação e assinatura dos contratos definitivos previstas para ocorrer em até 45 dias a partir de 16 de julho.
- Após a realização do follow-on, espera-se a aprovação pelas assembleias gerais das partes e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além de outras condições suspensivas comuns em operações dessa natureza.
A transação também elimina potenciais conflitos de interesse entre o BTG Pactual e a Eneva, uma vez que a empresa de energia agora se torna o único veículo de investimento do banco neste setor. Analistas preveem que a Eneva, após o fechamento do acordo, seria negociada com uma taxa interna de retorno real de 13,2%.
Com o fortalecimento do portfólio e melhoria do perfil de dívida graças à recente aquisição, a Eneva se posiciona em um caminho promissor de crescimento e valorização, reforçando sua relevância no competitivo setor de energia termelétrica no Brasil. Investidores e analistas acompanham atentos aos próximos desenvolvimentos, antevendo um período de resultados robustos e expansão contínua.