Apesar de uma queda acentuada no preço das ações no decorrer do ano, a XP Investimentos manteve sua recomendação de compra para a Vivara (VIVA3). Analistas destacam que, mesmo com um 2023 desafiador, onde as ações da empresa decaíram cerca de 35%, a joalheria ainda apresenta uma avaliação de mercado atrativa e uma estrutura comercial sólida.
Os especialistas financeiros da XP salientam que, embora a Vivara tenha “brilhado menos” recentemente, ela ainda se mantém como um “diamante” no mercado. O valor do papel é considerado atraente, somando-se a promessa de uma recuperação robusta com base nos indicativos de resiliência e força da marca.
Por que a Vivara ainda é uma boa escolha de investimento?
A reiteração da recomendação segue acompanhada de uma análise detalhada do ambiente operacional que a Vivara está inserida. Segundo a XP, mudanças na gestão introduziram variáveis que elevaram a percepção de riscos. Apesar disso, a empresa continua demonstrando um negócio resistente e lucrativo.
A corretora ajustou suas expectativas, incorporando um desconto de 20% para governança, estabelecendo o preço alvo em R$ 27 até o fim de 2025. Este valor sugere um potencial de crescimento de cerca de 25% em relação ao preço atual das ações.
Como está o desempenho da Vivara no mercado?
No curto prazo, os analistas reafirmam a solidez dos fundamentos da Vivara. Destacam a expansão das marcas e a normalização do regime de vendas. Alterações no preço e iniciativas como a internalização da produção da linha Life são movimentos vistos como suporte à expansão das margens nos próximos trimestres.
Contudo, resultados mistos são esperados para o segundo trimestre de 2024. Uma sólida performance de receita é projetada, ainda que desafiadora para os varejistas de consumo discricionário, com margens possivelmente afetadas por ajustes fiscais, porém com melhoria sequencial prevista.
Quais são os riscos e desafios para a Vivara nos próximos anos?
No médio prazo, há preocupações expressas pela XP enraizadas nas possíveis mudanças estratégicas. Segundo Nelson Kaufman, fundador da Vivara, ainda há muito o que ser melhorado em áreas cruciais da operação. Além disso, a questão da alta rotatividade de gerentes em departamentos chave como design, expansão e e-commerce, adiciona mais uma camada de incerteza ao futuro da companhia.
Esses fatores podem impactar diretamente na execução de planos e estratégias, introduzindo riscos que podem comprometer a trajetória de crescimento da empresa. No entanto, as perspectivas de crescimento e as oportunidades de melhoria em operações seguem como aspectos centrais para manter a recomendação positiva da XP para a Vivara.