Recentemente, passageiros dos voos nacionais da Azul depararam-se com o corte de snacks nos voos curtos e a limitação no serviço de bordo.
A empresa anunciou que, devido a desafios de abastecimento, os voos curtos de até 45 minutos terão apenas água disponível.
A companhia aérea informou que a reformulação no serviço de bordo é temporária, mas não especificou uma data para a retomada normal das práticas anteriores. Essa adaptação no cardápio está em vigor desde setembro e pode continuar enquanto a empresa ajusta suas operações.
Outras empresas aéreas também suspendem lanches a bordo
A Air France e a KLM, duas das principais companhias aéreas europeias, decidiram suspender o serviço de refeições grátis em voos de curta e média duração.
A alteração será implementada progressivamente, com a Air France planejando sua execução a partir do próximo ano e a KLM seguindo a mesma linha até 2025.
A decisão foi motivada pela competição acirrada com empresas low cost e outras companhias tradicionais que já adotaram modelos semelhantes. Além disso, visa alinhar as operações destas companhias às novas expectativas de mercado.
O que mudará para os passageiros?
A principal mudança para os passageiros será a transição para um modelo onde alimentos são vendidos à la carte.
No caso da Air France, essa mudança começará em rotas de Paris para Lisboa e Helsinque, onde os viajantes terão acesso apenas a bebidas gratuitas, como água, chá e café, além de biscoitos doces. Outros produtos alimentares estarão disponíveis para compra a bordo.
Enquanto isso, a KLM também planeja introduzir um modelo pago similar em seus voos europeus de curta e média distância, garantindo que os passageiros ainda recebam água, chá e café sem custo adicional. A mudança visa proporcionar mais opções, incluindo produtos premium pagos, mas os viajantes terão que desembolsar para realizar as refeições completas.
Por que as companhias aéreas estão tomando essa medida?
Nos últimos anos, várias outras companhias aéreas tradicionais na Europa, como TAP, Lufthansa, Iberia, British Airways e Swiss, adotaram um modelo de compra a bordo em voos de curta e média duração. O principal objetivo é adaptar-se às mudanças de demanda e alinhar os serviços oferecidos com as práticas econômicas do setor.
A motivação econômica para essas mudanças também é clara: reduzir os custos operacionais e competir de maneira mais efetiva com as companhias aéreas de baixo custo.
Apesar das objeções, a tendência de remover refeições grátis de voos de curta e média duração parece se consolidar. Com o tempo, as reações dos consumidores a essas mudanças influenciarão a evolução dos serviços aéreos, podendo resultar em novas estratégias para equilibrar a oferta de tarifas econômicas e serviços a bordo.