A recente tragédia em Vinhedo, com a queda de um avião que vitimou todas as pessoas a bordo, mais uma vez colocou em evidência a importância das caixas pretas. Esses dispositivos, tão essenciais para a investigação de acidentes aéreos, são responsáveis por fornecer pistas cruciais sobre o que aconteceu a bordo.
A história das caixas pretas
As origens das caixas pretas remontam à Segunda Guerra Mundial, quando a necessidade de analisar acidentes aéreos militares se tornou evidente. Após uma série de acidentes fatais com jatos comerciais na década de 1950, o cientista australiano David Warren desenvolveu o primeiro gravador capaz de captar vozes e dados de voo.
Desde então, a tecnologia das caixas pretas evoluiu significativamente, tornando-se indispensável para a aviação civil.
Como funciona e por que são tão resistentes
Apesar do nome, as caixas pretas são na verdade laranja-vibrantes, facilitando sua localização em terrenos acidentados ou submersos. Feitas de materiais extremamente resistentes, como titânio e aço, elas são projetadas para suportar impactos e altas temperaturas, garantindo a preservação dos dados mesmo em condições extremas.
Existem dois tipos de gravadores: o gravador de voz da cabine (CVR), que registra as conversas dos pilotos e os sons ambiente da cabine, e o gravador de dados de voo (FDR), que captura informações sobre altitude, velocidade, direção e outras variáveis importantes para a análise do voo.
Por que não fazer o avião inteiro de material da Caixa Preta?
A resistência da caixa preta se deve à combinação de materiais robustos e a um design específico. No entanto, revestir todo o avião com esses materiais tornaria a aeronave incrivelmente pesada.
O alumínio, material predominante na construção de aviões, é escolhido por sua leveza, que é fundamental para o voo. A estrutura do avião, por sua vez, é reforçada com aço e titânio em pontos estratégicos, como a fuselagem e as asas.