O setor de saúde está sempre em ebulição, principalmente quando se trata de empresas de planos de saúde listadas na bolsa de valores. Recentemente, a Hapvida, identificada pelo código HAPV3 na Ibovespa, ganhou destaque devido a uma análise bastante positiva do Itaú BBA, que não só manteve a recomendação outperform para a empresa, como também aumentou o preço-alvo de suas ações de R$ 6 para R$ 6,50. Esse ajuste no preço-alvo reflete a confiança renovada do banco na estratégia e na gestão da companhia.
Este aumento na estimativa veio após um período de forte desempenho das ações, que registraram uma elevação de 8,13% em maio, classificando-se como a sétima maior alta do Ibovespa no período. Essa valorização é uma resposta do mercado às expectativas de que a Hapvida continue a se distanciar em termos de lucratividade quando comparada a outras empresas do mesmo setor.
O que torna a Hapvida uma escolha favorável para os investidores?
O Itaú BBA ressalta que a Hapvida está percorrendo um caminho promissor rumo à recuperação da lucratividade pré-pandemia, com ajustes menos frequentes nos preços e modificações pontuais na sua rede hospitalar. Ao se posicionar estrategicamente, a empresa se destaca especialmente frente a grandes concorrentes focados em lucratividade, como Amil e Unimed Nacional.
Como a Hapvida pode impactar o mercado diante da integração do NDI?
Uma preocupação expressa pelo mercado diz respeito às possíveis dificuldades durante a integração dos sistemas do NDI nas operações da Hapvida. Esse é um fator de risco que, segundo analistas, merece atenção especial. No entanto, esse cenário também oferece à empresa uma excelente oportunidade para capturar uma maior fatia de mercado, principalmente se conseguir mitigar o churn potencial, que se refere à perda de clientes durante esse processo de integração.
Desafios e oportunidades no setor de saúde
Ainda que tenha havido uma melhoria na performance geral das operadoras de plano de saúde no primeiro trimestre de 2024, muitas ainda enfrentam desafios com a precificação inadequada e o alinhamento de suas redes de prestadores de serviços. Esses são obstáculos significativos que impedem uma melhor margem operacional e, em alguns casos, até a conformidade regulatória.
Além disso, o Itaú BBA projeta um aumento na taxa de sinistralidade para 71,0% no segundo trimestre, considerando a menor quantidade de dias úteis no primeiro trimestre e atrasos nos procedimentos eletivos, devido à alta demanda por emergências menos complexas, como casos de dengue. Esse cenário reforça a necessidade de uma gestão eficaz e uma estratégia robusta para enfrentar essas adversidades que são comuns no setor de saúde.
A análise do Itaú BBA e o comportamento recente das ações da Hapvida evidenciam uma janela de oportunidade para investidores e uma chance de a empresa se consolidar ainda mais forte no mercado. Com as estratégias certas, a Hapvida pode não apenas superar seus desafios, mas também definir um novo padrão de sucesso no competitivo setor de saúde brasileiro.