Os incêndios florestais têm acinzentado o horizonte em diversas regiões do país, e a combinação de calor extremo e seca prolongada tem sido uma das principais causas. Especialistas explicam a frequência de ondas intensas de frio e calor que se alternam durante o inverno.
Na semana passada, o clima em São Paulo estava mais para verão do que para inverno, com temperaturas atingindo 36ºC em pleno mês de agosto. O fenômeno é um exemplo claro das mudanças climáticas em ação.
Por que ondas intensas de frio e calor se revezam neste inverno?
A ciência nos ajuda a entender por que estamos experimentando essas flutuações tão bruscas de temperatura.
A convecção é um fenômeno físico conhecido pelos cientistas, onde o calor é transferido de áreas mais quentes para as mais frias, afetando o clima em todo o planeta. No entanto, o aquecimento acelerado dos oceanos está contribuindo para mudanças ainda mais drásticas no clima.
O que é a convecção e como ela afeta o clima?
Para entender melhor essas flutuações, podemos comparar com a convecção observada na cozinha ao ferver água. A parte mais próxima do fogo aquece primeiro, espalhando o calor para áreas mais frias. Da mesma forma, a Terra experimenta essa transferência de calor, do equador para os polos, criando ondas de calor que são respondidas por frentes frias.
Como a combinação de calor e seca agrava os incêndios?
A seca prolongada e o calor excessivo têm sido os principais responsáveis pelos incêndios no país. Em várias regiões, a estação chuvosa foi fraca, contribuindo para a baixa umidade do ar e aumentando a propensão a incêndios florestais.
Monitoramento e prevenção são essenciais!
Diante desse cenário, manter um monitoramento constante e desenvolver medidas de prevenção são essenciais para minimizar os impactos dos incêndios. A luta contra o desmatamento também é crucial, como apontam especialistas.
- Programas de reflorestamento e conservação das florestas.
- Educação ambiental para conscientizar a população.
- Investimento em tecnologias de monitoramento de incêndios.
- Parcerias internacionais para combater as mudanças climáticas.
O Observatório do Clima destaca que o Brasil precisa reduzir em 92% suas emissões de gases de efeito estufa até 2035 para combater efetivamente as mudanças climáticas e seus efeitos.
Enquanto a ciência tem nos oferecido respostas, a ação coletiva é fundamental. Cada um de nós pode contribuir para esta luta, seja adotando práticas mais sustentáveis em nosso dia a dia, seja apoiando políticas ambientais mais rigorosas.