Recentemente, o BB Investimentos revisou suas projeções para as ações da Casas Bahia (BHIA3), rebaixando a estimativa de preço-alvo de R$ 9,80 para R$ 6,70 até o final de 2025.
Essa alteração reflete um potencial de valorização de cerca de 50% em relação à cotação atual, que gira em torno de R$ 4,50.
Análise do desempenho da BHIA3 em 2024
O desempenho das ações BHIA3 neste ano tem sido motivo de preocupação para os investidores. O relatório do BB Investimentos destaca uma queda superior a 60% desde o início do ano, em contraste com as perdas de aproximadamente 3% do Ibovespa no mesmo período.
Este declínio significativo é atribuído principalmente ao aumento da taxa básica de juros, que tem um impacto direto em empresas cíclicas e de alto endividamento, como a Casas Bahia.
Impacto da taxa de juros no varejo
O aumento da taxa Selic, que influencia diretamente as condições de crédito no mercado, tem sido um ponto crítico na análise do setor de varejo.
Essa elevação encarece o crédito ao consumidor, desencorajando a compra de bens duráveis, segmento no qual a Casas Bahia opera fortemente. Mesmo com alguns indicadores macroeconômicos positivos, como a redução da taxa de desemprego e o aumento da renda familiar, a alta dos juros representa um desafio considerável.
Perspectivas para o futuro
No relatório, o BB Investimentos reconhece que a Casas Bahia apresenta melhorias operacionais no segundo trimestre de 2024. Porém, destaca que ainda é necessário ter cautela.
Se a empresa mantiver a tendência de avanços operacionais e conseguir retomar o crescimento de receitas nos próximos trimestres, poderá reconsiderar suas premissas de longo prazo. Essa postura evidencia a necessidade de um equilíbrio melhor na relação risco-retorno para investidores.
Recomendações e conclusões do relatório
Apesar do potencial de valorização identificado, o BB Investimentos mantém a orientação de venda das ações da Casas Bahia.
A análise menciona que a empresa ainda enfrenta um desequilíbrio evidente entre risco e retorno. Os analistas optam por essa recomendação porque acreditam que, mesmo com uma possível valorização, os riscos associados são significativos no contexto econômico atual.